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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

"As canções que você fez prá mim"

Escrevo sobre nós, pois não sei escrever de outra coisa. Escrevo sobre nós pois entre minhas linhas posso derramar nossa realidade e sandice, nossos mistérios e enganos. Escrevo sobre nós pois, só assim, nos reanalisando constantemente, posso compreender em que língua cantam os pássaros.

Veja bem: escrevo sobre NÓS, não escrevo sobre mim e nem sobre você. Apenas sobre essa entidade que formamos quando nos conectamos de alguma forma. É o NÓS que me interessa, é o NÓS que me transforma. Não é e nunca foi o que você disse ou diz - é como se delineia em mim, ou como te atingem as coisas que posso ter dito.

Nenhum de nós somos perfeitos, estamos muito longe da santidade que enxergamos um no outro, mas somos assim, indesconectáveis. Mesmo tentando ser realistas, só enxergamos o que desejamos. Dialogamos pelo ar, mesmo na suspensão dos silêncios. Conversamos e desconversamos o tempo inteiro, somente tentando desconstruir o mal-entendido. "Que mal-entendido?", o que quero malentender, o que mantém o vigor de meus sorrisos, ainda que eu queira que seja tudo diferente. "A razão nunca sufoca o coração nessa menina...".

A coisa é tão suspensa que tende a despencar a qualquer momento. E quando todas as verdades forem desnudas, talvez entenderão outras estrelas que não a desse sistema solar pelo cenário que assistirão.

Enquanto isso, apenas espero...
Apenas espero...
Espero...

Ass: a Impaciente.

Shalom!

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