"Então o louco
Depois de ter insultado meio mundo
De ter sido esbofeteado
Massacrado
Descobriu pouco a pouco
O que poderia saber em 1 segundo.
Que seu cérebro era de ferro
Marcado por dentro e por fora.
Toda hora o berro da sanidade
Escapava pelos parafusos mal atarrachados
E saía pela boca como fosse iniquidade
Jamais aceitariam
Os figurões da moral
Aqueles de sentimentos agachados
Mas de olhar torto e boçal
Que um louco daquela idade
Pudesse em alguma coisa ter razão.
Seria o mesmo se os mudos falassem
Se os gatos pensassem!
Seria a loucura então."
"...Por eu ser assim
Se eu sou muito louco
Por eu ser feliz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz... Eu sou feliz!"
Mistura de vida, ficção, música e loucura.
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
O LOUCO - de Reinaldo Simões
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Insônia
Com tantos medicamentos, é natural prá q eu vire um zumbi, mas já passou da hora desse efeito passar! É isso q não entendo: se em novembro e dezembro eu tava tão melhor, com mais energia, até o humor tava melhor... Viajamos, com uma p*** semana de férias, para um verdadeiro paraíso, com amigos agradabilíssimos, ri demais, daí volto e - tá bem, confrontei alguns probleminhas, mas é a vida, né? Nada q me perturbasse realmente, pelo contrário, foi um desabafo. Agora tudo q eu queria era manter o bom humor e a vitalidade do fim do ano passado prá curtir esse fim de férias escolares e me preparar para o início das aulas. Só isso q eu queria, seria pedir demais???
Mas não: volto a dormir mal, com sono superficial e me perseguindo o dia inteiro!!! Já não levanto da cama, mas me rastejo. Rastejo até a cozinha, ligo a tv num canal de desenho prás crianças, faço seu leite matinal, faço o meu (prá iniciar a sessão de remédios do dia) e volto prá cama. E se deixar, é lá q eu vou passando o dia. E não é de hj, pois na sexta-feira passada eu já tava pensando em me alimentar melhor pensando nisso, parar de comer besteira, e enchi a geladeira de vegetais, frutas, etc. Não era prá eu estar mais bem disposta??? O q eu tô fazendo de errado??
Pior de tudo é q uma coisa leva a outra. 3 dias inteiros na cama só pode trazer mais desânimo, prá não dizer uma "pontica" de depressão (q tento espantar a qualquer custo). De vez em qndo eu tentava levantar, ajustar uma coisa ou outra q eu tava precisando prá mudar os móveis de lugar, principalmente despachar coisas q já não interessam mais, mas chega uma hora... Q não páro de bocejar, e tudo q eu quero é um lugar prá recostar. Hj o Discovery Channel agradeceu mto minha audiência. Cada vez q eu abria os olhos era um programa completamente diferente. E o pior: a certeza de q essas "sonecas" vão atrapalhar ainda mais meu sono noturno, mas não sei mais o q fazer. Já tentei um pouco de álcool, já tentei dobrar a dose noturna do clonazepam, já tentei fazer uso do álcool com o clonazepam - o q nem recomendo, até pq não tive sucesso. Agora tô numa fase "natureba" (como se eu já não fosse meio assim): o clonazepam continua em sua dose costumeira, mas agora estou usando passiflora tbm. Hj é o segundo dia. Vamos ver no q vai dar...
Saudações sonolentas (antes q eu apague com a cara no teclado)...
Ia'Orana!
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Mais uma vez, Maysa
Férias longe do continente, em outro "mundo", quase pensei tbm ser outra pessoa tbm. Ser mais eu. E fui. E foi mto bom.
Mas a gente tem q voltar pro mundo real, né... E no mundo real, os problemas continuam lá, e com tanta auto-confiança, as vzs podemos lidar com isso de forma menos irracional do q outrora. Bom, mas enfim, talvez seja o primeiro passo para as mudanças q 2009 talvez esteja preparando para nós. Acho q baixar a cabeça tem um limite, e qndo passa desse limite, temos de cortar o mal pela raiz, nem q seja para sacrificarmos a nós mesmo. Um sacrifício hoje, um pouco de paz amanhã.
O problema nem foi esse, pq o "tal purgante" já estávamos tomando havia tempos. Não desce mais. O problema foi q - falando de medicamentos - um dos meus estava em falta no posto na semana passada: a fluoxetina. Até aí tudo bem, só poucos dias mesmo sem medicamento, e continuando com o ácido valpróico, com o rivotril... Não ia me matar, né? Até q ontem, assim, sem mais nem menos, saí do banho, sentei na cama ainda envolvida pela toalha, e me pus a chorar. Chorar mto. Soluçar e quase gritar, se eu pudesse. Sorte das crianças eu tê-las mandado pro banho para não ter q assistir àquela cena deplorável. Não sabia o q fazer, até q alcancei o celular na mesinha de cabeceira e sem pensar mto, liguei pro Mr. G - eu precisava conversar com alguém, e na hora eu nem pensava mto, pq geralmente nesses casos não gosto de preocupá-lo enquanto está trabalhando até pq ele não tem mto o q fazer por mim mas... Sei lá, eu só precisava conversar com alguém!!
Tá bom, ele atendeu. Mas conversar sobre o q?? Eu não tinha motivos para chorar tão intensamente, nem de alegria nem de tristeza; não me sentia deprimida; tudo q eu via qndo olhava prá dentro de mim era nada! A razão prá eu chorar daquele jeito era NADA! Vai fazer Mr. G (ou qualquer pessoa normal) entender isso!...
Vi q a abstinência da fluoxetina estava realmente fazendo o efeito q eu renegara. Decidi sair com as crianças, fui no posto e peguei as benditas cápsulas verde-amarelas...
Minha noite foi um inferno. Aliás, vou ter q penas alguns dias prá voltar tudo ao normal... Não dormi, arranquei mto cabelo e pensei com certa obsessão no certo prazer q a dor as vzs é capaz de provocar... Lembrei de qndo eu ainda podia doar sangue, e aquela agulha finalmente encontrava minha veia, aquele arrepio gelado, a sensação de quase sair do corpo... Como qndo "tatuei" símbolos na minha pele com agulha comum, em casa. Vai tentar explicar a alguém o pq de vc ter feito isso!... Ninguém entende, nem entenderá. A não ser q seja mais um irmão q se contorce por dentro como nós.
Mudando totalmente: estou assistindo à série "Maysa - quando fala o coração". Produção impecável e extremamente interessante. Se tudo correu do jeito contado, certamente Maysa foi mais uma maníaca-depressiva incompreendida. Qntos alcólatras, suicidas, narcômanos tbm não passam de bipolares ou de outros doentes do sentimento incompreendidos? Acho q hj, em quase 2010, já passou da hora do nosso preconceito global parar de provocar finais trágicos como o da cantora - ou vidas traumatizadas por tratamentos desumanos em "clínicas psiquiátricas".
Xô, uruca!! Q 2009 venha com toda sua luz!! Prá todos nós!!
Ia'Orana!